O que é preciso para empreender no exterior?
Empreender no exterior é uma opção para aqueles que têm como objetivo construir uma nova vida em outro país. A atividade pode ser a porta de entrada de um indivíduo em um território e garantir seu sustento. Mas o que é preciso saber para apostar as fichas em um negócio?
Antes de mais nada, é necessário analisar de forma realista a situação econômica do Brasil. O país é um dos que apresenta pior perspectiva para 2022. Espera-se que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que soma os bens e serviços produzidos, seja de apenas 0,8% este ano.
O dado é preocupante, pois coloca o nosso país em 14° lugar no ranking mundial de pior expectativa de crescimento pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Isso significa que, entre os 193 países analisados, o Brasil fica atrás de outros 180.
Além disso, o Brasil também foi considerado como o país mais complexo do mundo para fazer negócios pelo relatório anual da TMF Group.
Os motivos para tal resultado seriam as diferentes esferas de legislação e tributação, dificuldades para empresas locais.
Estes indicativos negativos representam nada mais do que a continuidade de uma trajetória fraca de anos anteriores. Além de não manter uma estratégia econômica sustentável e lidar com o problema da desigualdade, o país também apresenta uma taxa de desemprego alta.
A pandemia da Covid-19 também influenciou negativamente os números do Brasil pois foi um dos mais afetados e, de acordo com estudos, sentirá os impactos da crise sanitária até 2050.
Cansados e com medo de encarar nossa difícil realidade, muitos brasileiros pensam em empreender no exterior. Essa opção tem se tornado cada vez mais usual, mas é preciso planejar e levar em conta as dificuldades que ela traz.
Descubra as etapas necessárias para projetar um empreendimento em território estrangeiro, as vantagens e os desafios dessa iniciativa a seguir!
Planejar para empreender no exterior
No Brasil, a abertura de uma empresa envolve cerca de 17 procedimentos e pode demorar entre 3 e 4 meses. Em outros países, acontece o contrário, o trâmite é mais simples, leva alguns dias e tem um custo menor.
O primeiro passo para quem deseja empreender no exterior é analisar o cenário, isto é, entender o perfil do mercado no país onde irá trabalhar, a concorrência e as possíveis barreiras.
É preciso verificar também todo tipo de taxa ou bloqueio econômico que pode prejudicar o seu produto ou empresa. Um bom plano financeiro é importante para garantir que pessoa consiga pagar todas as despesas pessoais e da empresa.
Fora isso, que também entenda as questões legais, como a necessidade do visto de trabalho e outras permissões dadas aos imigrantes que residem fora. Em alguns países, é comum que estrangeiros paguem tributos diferentes ou tenham que apresentar resultados.
Na Polônia por exemplo, é obrigatório comprovar atividade comercial na região. São eles: confirmação da entrada no registo judicial nacional, acordo de parceria certificado pelo notário polaco e documento referente à contribuição dos pagamentos fiscais.
Depois, é hora de dar início ao plano de ação, que seja viável e esteja de acordo com os objetivos do negócio.
Atenção! Tenha sempre um plano B. Esteja preparado para lucrar menos do que o previsto e tenha uma estratégia programada para se bancar e tentar outra vez. Por isso, vale a pena buscar um país que valorize sua formação acadêmica e experiência profissional.
Vantagens de empreender no exterior
Apesar de ser assustador, existem inúmeras vantagens para aqueles que constroem um negócio no mercado internacional. Ele apresenta maior leque de oportunidades. Listamos alguns benefícios de empreender no exterior. Veja a seguir:
- Acesso a capital: Em terras estrangeiras, há mais fundos de investimento que investem em capital de risco, ou seja, adquirem uma participação da empresa. No Brasil, ao contrário, a renda é muito concentrada. Isso faz com que seja mais difícil receber investimento caso o indivíduo não faça parte de um grupo seleto.
- Mercado de tecnologia: esse ramo é relativamente escasso no Brasil. No exterior, a quantidade e o salário de programadores e desenvolvedores é maior. Além disso, é possível viver em países com os centros de pesquisa mais inovadores do mundo.
- Acesso à informação: países europeus têm programas de incentivo do governo, comunidades de empreendedorismo e mais informações disponíveis. Já no Brasil, esses trabalhadores, muitas vezes, fazem por necessidade e sem ferramentas certas.
- Redução do risco cambial: uma empresa pode ter uma conta multi-moedas, que paga e recebe em dinheiro estrangeiro. O dólar e o euro, por exemplo, apresentam risco menor de desvalorização e inflação se comparados ao real. Esse fator é crucial, pois reduz a vulnerabilidade do indivíduo quanto às flutuações da moeda.
Desafios de empreender no exterior
Não são só aspectos positivos que a vida fora do país de origem oferece. É fundamental estar preparado para o desafio de trabalhar no exterior. Pensando nisso, enumeramos alguns obstáculos que podem dificultar o caminho do empreendedor.
Os primeiros problemas a serem encarados pelo imigrante serão a adaptação à cultura e ao idioma. Daí a importância de estudar a fundo o país desconhecido para compreender o mercado e ensaiar a fluência necessária para atuar em determinada área de trabalho.
O chamado networking também pode ser uma barreira. A rede de contatos obviamente sai prejudicada quando moramos em um lugar onde conhecemos poucas pessoas. Uma boa ideia é criar um grupo e compartilhar experiências.
Os desafios podem parecer difíceis inicialmente, mas a dica principal é continuar se especializando. As oportunidades fora do país são infinitas e atingem todo tipo de público, basta se levar a sério este seu novo projeto de vida.
Muitas vezes, descobrimos a capacidade de nos reinventarmos e inovar nos momentos de crise. Essa iniciativa significa uma nova fonte de renda, por isso, aposte além do óbvio.
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